Governador e ministro da Justiça definem formatação do Pacto Nacional
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| Secretario de Defesa Social, Governador de Minas Gerais e Ministro da Justiça | 
    O governador Antonio Anastasia reuniu-se ontem no Palácio Tiradentes,  em Belo Horizonte, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com  quem discutiu o Pacto Nacional pela Segurança Pública. Após o encontro,  ele afirmou que o Governo de Minas defende maior apoio do Governo  Federal aos estados nas ações de combate à criminalidade. Já o ministro  afirmou que as ações desenvolvidas em Minas na área de segurança pública  devem ser modelo para todo o País. "Minas tem experiências  importantíssimas e exitosas nessa área e deve exportá-las. O Governo  Federal tem o dever de divulgar essas experiências, de apoiá-las e de  integrar os nossos órgãos de repressão e prevenção", disse José Eduardo  Cardozo.
    O governador afirmou que colocou a equipe do Governo de Minas à  disposição do Ministério da Justiça para participar da elaboração do  Pacto Nacional pela Segurança Pública. "Minas está à disposição para,  juntamente com o Governo federal, se transformar em laboratório de novas  experiências. A segurança pública está ligada a uma realidade que  extrapola as fronteiras dos estados", disse Anastasia.
    Parceria
    Para o governador, a parceria do Governo federal será fundamental  para que os estados possam efetivamente executar políticas de segurança  pública. "Não acreditamos que a questão será resolvida isoladamente em  qualquer estado da federação. É fundamental que o Governo federal tenha  também a sua participação. Sempre defendemos isso. Agora, percebo que o  ministro está imbuído desse propósito, por determinação da senhora  presidente. Vamos, portanto, colaborar de maneira efetiva. Que Minas  Gerais, portanto, seja partícipe ativo desse processo a partir deste  momento", afirmou.
O ministro destacou a experiência do governador, que já foi  secretário de Defesa Social, no Governo Aécio Neves. "Tenho certeza de  que o governador será um grande parceiro e um dos grandes articuladores  desse pacto pela segurança pública. O Brasil precisa da sua experiência  e, dúvida, estaremos pavimentando um caminho comum", disse.
    Referência
    O secretário de Defesa Social, Lafayette Andrada, ressaltou que  alguns estados brasileiros já implantam projetos inspirados em programas  adotados em Minas Gerais, como as Unidades de Polícia Pacificadoras  (UPPs) no Rio de Janeiro. "Aqui temos o programa Fica Vivo, que inspirou  as UPPs no Rio. O ministro já convocou para a semana que vem uma  reunião de técnicos do Ministério da Justiça e da área de segurança aqui  de Minas para começarmos a desenvolver um projeto-piloto" afirmou o  secretário.
Desenvolvido em parceria com o Poder Judiciário, Ministério Público,  polícias Civil e Militar e entidades comunitárias, além do Grupamento  Especializado em Áreas de Risco, o programa Fica Vivo! atende 64 mil  jovens, de 12 a 24 anos, em 27 Núcleos de Prevenção à Criminalidade,  sendo 11 implantados em Belo Horizonte, e 16 em municípios da Região  Metropolitana e do interior. Com ele, houve redução de mais de 50% dos  índices de homicídios nas regiões.
    Trabalho conjunto
    Os órgãos de Defesa Social em Minas mantém convênios com Governo  Federal por meio Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania  (Pronasci). A Secretaria de Defesa Social, Polícia Militar, Polícia  Civil e Bombeiros mantém parcerias nas áreas de aquisição de  equipamentos, promoção da qualidade de vida do profissional de Segurança  Pública e capacitação de profissionais. O Estado utiliza e integra as  bases de dados nacionais de criminalidade mantida pela Secretaria  Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Com o Departamento Penitenciário Nacional, Minas se destaca pela  consistência na utilização e alimentação da base de dados, além de  colaborar com as autoridades penitenciárias federais no acolhimento e  transferência de presos entre os estados da Federação. A Polícia Civil  de Minas e o Ministério da Justiça também criaram o laboratório de  combate à lavagem de dinheiro que já está em funcionamento desde o mês  passado.

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