O projeto desenvolvido foi 
estruturado sobre alguns princípios. O primeiro é a necessidade de uma 
gestão profissional de unidades penitenciárias, de modo a imprimir 
conceitos de qualidade e eficiência na custódia do indivíduo infrator, 
promovendo a efetiva ressocialização do detento. O segundo é a 
importância de controle e transparência, indispensável na execução da 
política de segurança pública. O terceiro é a relevância de padrões 
contratuais que incentivem a cooperação entre o setor público e privado 
para que os ganhos de eficiência possam ser efetivamente verificados e 
que níveis adequados de retorno sejam garantidos, tanto ao operador 
quanto ao investidor.
   Não há precedentes de trabalhos 
como este no Brasil, o que demandou um considerável processo de 
planejamento e estruturação contratual. Em linhas gerais, o setor 
privado terá autonomia para realizar adaptações no projeto arquitetônico
 especificado, construirá e operará os serviços de manutenção e de 
assistência ao detento. O projeto prevê a disponibilização de 3000 vagas
 prisionais por um prazo de 25 anos. Dentre os serviços que devem ser 
prestados pelo Parceiro Privado incluem-se:
»Serviços de atenção médica de baixa complexidade interna ao estabelecimento penal;
»Serviços de educação básica e média aos internos;
»Serviços de treinamento profissional e cursos profissionalizantes;
»Serviços de recreação esportiva;
»Serviços de alimentação;
»Assistência jurídica e psicológica;
»Os serviços de vigilância interna;
»Os serviços de gestão do trabalho de preso.
O Poder Público permanece 
responsável pelas atividades de segurança armada nas muralhas e pela 
segurança externa à unidade, bem como pela supervisão, controle e 
monitoramento de todas as atividades. O diretor de segurança também 
permanece como um agente governamental e tem exclusivamente as 
responsabilidades de monitorar e supervisionar os padrões de segurança 
da unidade, além e de aplicar eventuais sanções administrativas aos 
internos. O governo do Estado também se responsabiliza por administrar 
as transferências de internos relacionadas à unidade, vedada 
expressamente qualquer forma superlotação.
   A remuneração do parceiro privado 
será vinculada à disponibilidade da vaga prisional e aos indicadores de 
desempenho dos serviços prestados. Os indicadores compreendem medições 
das atividades de assistência e apoio ao interno, bem como dos padrões 
de segurança praticados. Dentre os indicadores que foram definidos 
estão:
»O número de fugas;
»O número de rebeliões e/ou motins;
»O nível educacional dos internos;
»A proporção dos internos que trabalham;
»A quantidade e qualidade dos serviços de saúde prestados;
»A quantidade e qualidade da assistência jurídica e psicológica aos internos.Fonte: Site Governamental da Parceria Público Privada de Minas Gerais
Créditos: por Bruno Vidigal Coscarelli — última modificação 12/04/2011 09:25


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