Primeira unidade prisional de gestão
público-privada é mineira e será inaugurada em 4 meses. Atendimento médico com
intervalo máximo de 45 dias, tecnologias de ponta para monitoramento de presos
e metas para impedimento de fugas e outros eventos graves, com desconto do
repasse feito pelo Estado ao parceiro privado. Esses são apenas alguns dos
indicadores a serem cumpridos pela concessionária GPA na gestão do primeiro
complexo penitenciário construído por parceria público-privada (PPP) do Brasil.
O complexo será instalado em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de
Belo Horizonte, e a previsão é que comece a ser ocupado na segunda quinzena de
agosto.  
No total, serão 3.040 vagas, divididas em cinco
unidades com capacidade para 608 presos. A primeira inauguração será de apenas
uma, mas até o final do ano outras duas unidades também entrarão em
funcionamento.
Na PPP prisional, todo o serviço prestado à população presa, como assistência médica, odontológica, jurídica, segurança interna, alimentação e uniformes fica à cargo do parceiro privado. O Estado, por sua vez, é responsável pela fiscalização desses serviços, além da segurança de muralha e externa ao Complexo. “Em cada unidade há um gerente de operações do parceiro privado e um diretor público de segurança, responsável pelas questões disciplinares, o que é uma função indelegável”, explica o coordenador da unidade setorial de PPP da Seds, Marcelo Costa.
Todo investimento para construção e operação do Complexo Penitenciário é feito pelo parceiro privado. A contraprestação dada pelo Estado depende dos resultados obtidos em 380 indicadores, que podem receber uma nota entre zero (pior desempenho) e um (resultado máximo). Dessa forma, avalia-se, por exemplo, a inserção de presos em postos de trabalho, a oferta de cursos profissionalizantes, a quantidade e qualidade do atendimento de saúde, entre outros. “A não realização de obrigações são indicadores e, juntas, formam o valor que o Estado deverá descontar do pagamento mensal”, afirma Marcelo Costa.
Novas tecnologias
Associar recursos tecnológicos com a ressocialização é considerada, pelo coordenador de PPP da Seds, como a essência do contrato. Na nova unidade haverá, por exemplo, sistemas de sensoriamento de presença, controle de acesso de um ambiente para o outro, comando de voz e Circuito Fechado de Televisão (CFTV) em todo o complexo, entre outras inovações. “Com oferta de trabalho, estudo, saúde e controle da segurança, a possibilidade de obter sucesso é muito maior”, avalia.
Detentos trabalham nas obras
A cada dia pode-se perceber o avanço das obras do Complexo Penitenciário, que ficará próximo a outra unidade administrada pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), a Penitenciária José Maria Alkimin (PJMA). A base já foi toda feita e, agora, está na fase de montagem das edificações. Na primeira unidade que será inaugurada, o pavilhão já está quase todo fechado.
Há, hoje, cerca de 800 pessoas trabalhando nas obras, entre eles 40 detentos. É
o mesmo número de profissionais que serão empregados diretamente, quando o
complexo estiver pronto.  
Fonte: www.seds.mg.gov.br


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