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| Nelson Hungria é uma das mais importantes unidades prisionais de Minas Gerais | 
Segurança
reforçada na Nelson Hungria. Em testes desde fevereiro, a tecnologia que
bloqueia sinal para chamadas de celular, acesso à internet e envio de SMS de
todas as operadoras dentro do Complexo Penitenciário em Contagem, Grande BH, já
está em funcionamento. 
A notícia foi
dada ao Hoje em Dia, em primeira mão, pelo secretário de Estado de Defesa
Social, Rômulo de Carvalho Ferraz. Em 30 dias, será publicada uma nova
licitação para ampliação do serviço, que chegará a outras três unidades
prisionais de Minas.
A localização
e o tamanho da Nelson Hungria – cerca de 140 mil metros quadrados – foram os
responsáveis pela demora na entrega do sistema que, inicialmente, entraria em
operação em março. “Tínhamos que fechar todas as brechas. Um trabalho
complicado para uma unidade tão grande. Depois, conferimos várias vezes se
todas as operadoras estavam fora do ar, assim como a internet wi-fi”, explicou
o secretário.
Com os
principais líderes de quadrilhas mineiras agora inacessíveis por telefonia
móvel, a Polícia Civil prevê a redução da criminalidade em curto e médio
prazos. Sobretudo nas ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas, explosão
de caixas eletrônicos e homicídios, segundo a direção da Delegacia
Especializada de Repressão a Organização Criminosa da Divisão Especializada de
Operações Especiais (Deoesp).
O alcance da
tecnologia atinge aparelhos de diretores e agentes penitenciários, mas não
prejudica a vizinhança. “Não vemos problemas nisso, até mesmo pelos problemas
que já tivemos com desvio de conduta de algumas pessoas, que facilitavam a
entrada de celulares”, observou Rômulo Ferraz, acrescentando que, só no ano
passado, 200 aparelhos foram apreendidos na Nelson Hungria.
Próximo passo
A
Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá (no Norte de Minas) e as
unidades de Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro, serão as próximas a
terem o sinal de celular cortado. Todas abrigam grande número de presos ligados
ao crime organizado. “Pela experiência que já tivemos na Nelson Hungria, e
sendo penitenciárias de menor porte, o serviço custará mais barato ao Estado e
será colocado em prática em menor tempo”, prometeu Rômulo Ferraz.
Ruídos impedem o envio de sinal
Além da Nelson
Hungria, apenas o Complexo Penitenciário Público-Privado de Ribeirão das Neves
tem tecnologia semelhante no Estado. Lá, o bloqueador de celular entrou em
operação em novembro de 2013. “Há presídios no Rio Grande do Sul e no Espírito
Santo onde o serviço está sendo testado. No fim do ano passado, o governo de
São Paulo anunciou licitação para instalação de um sistema que corte o sinal
nos presídios”, informou o secretário Rômulo Ferraz. O bloqueio de celulares na
penitenciária Nelson Hungria será feito por meio de uma tecnologia conhecida
como “jammer”. O equipamento emite ruídos que impedem o sinal de chegar aos
aparelhos celulares. Embora a fase de ajustes já tenha terminado, a eficácia da
barreira para sinais telefônicos e de internet só estará garantida com novos
testes, a serem realizados com frequência. “Se qualquer antena mudar de
endereço, por exemplo, será necessário rever os pontos onde os instrumentos
foram instalados. Esse sistema envolve muitos aspectos tecnológicos, que
precisam ser vigiados. Vamos continuar atentos para garantir que não haverá
falhas”, afirmou o secretário. Investimento de R$ 1,6 milhão foi acertado,
afirma especialista. O investimento do governo do Estado para instalação do
bloqueador no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, foi de R$ 1,6
milhão.
“Finalmente, uma tecnologia que
realmente funciona chega a Minas Gerais. Essa é uma das medidas de segurança
mais importantes já adotadas no Estado. O desafio, agora, é expandir esse
serviço para o maior número de unidades prisionais possíveis. É uma ação
louvável, que merece o reconhecimento público”, opinou o especialista em
Segurança Pública Luiz Flávio Sapori .
Atualmente, a
Nelson Hungria opera além da capacidade. Há 1.992 presos – 328 além do que a
infraestrutura suporta. 
FONTE: http://www.hojeemdia.com.br

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