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| Dep. Marco Maia |
Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, o presidente da
Câmara, Marco Maia, avaliou como “bastante positivo” o balanço das
atividades nos primeiros seis meses do ano. No primeiro semestre, foram
aprovadas em Plenário 89 proposições, entre as quais 25 medidas
provisórias, 25 projetos de lei, 35 projetos de decreto legislativo e 4
projetos de resolução. Além disso, outros 58 projetos de lei foram
aprovados, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Entre as aprovações, ele destacou a segunda etapa do programa
habitacional Minha Casa, Minha Vida (MP 514/10), a política de reajuste
do salário mínimo (PL 382/11), o cadastro positivo (MP 518/10), o Código
Florestal (PL 1876/99) e o reajuste da energia comprada do Paraguai por
meio da Itaipu binacional (PDC 2600/10). Sobre a MP que detalha as regras da segunda etapa do programa Minha
Casa, Minha Vida, o presidente disse que as alterações feitas pelo
Congresso vão permitir ao governo construir ou reformar cerca de dois
milhões de moradias até 2014, atendendo, segundo ele, a uma demanda
importante de famílias que recebem até dez salários mínimos. Maia
destacou ainda a importância da aprovação do cadastro positivo. “A
medida terá um impacto muito grande na concessão de crédito a juros mais
baixos aos bons pagadores”, disse.
Queda de ministros
Em relação à paralisação dos trabalhos da Câmara em razão das denúncias que derrubaram os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, e dos Transportes, Alfredo Nascimento, Maia disse que “a presidente agiu de forma muito rápida nos dois casos e mandou um recado claro ao País e ao próprio governo. “A presidente deixou claro que não vai hesitar em tomar medidas duras sempre que houver mal entendidos em seus ministérios”, afirmou.
Maia não concorda com a ideia de que as crises representaram problema
para a votação de matérias pelo Congresso. “A Câmara é um poder
autônomo e tem não só a responsabilidade de votar as matérias do
Executivo, mas também de fiscalizar as ações do governo. Portanto, não
há nenhuma incoerência, nenhuma falta de cumprimento do papel da Câmara
nesses períodos, inclusive durante as crises”, completou.
Segundo semestre
O presidente da Câmara também voltou a afirmar que este será o ano dos códigos. “Além do novo Código Florestal, para o próximo semestre estamos tentando acordo para votar os projetos de Código de Processo Civil, de Aeronáutica e Comercial”, adiantou. Maia reforçou ainda que pretende assumir pessoalmente o compromisso de conversar com governadores e secretários de Saúde dos estados para viabilizar a regulamentação das despesas com saúde, prevista na Emenda Constitucional 29.
Ainda sobre as emendas à Constituição, Maia informou que propostas
que envolvem um volume maior de recursos, como por exemplo a PEC 300/08,
deverão ser analisadas de maneira mais criteriosa para que seja
possível definir claramente a fonte dos recursos. "No caso dessa PEC,
decidimos criar uma comissão especial porque precisamos ser responsáveis
para estabelecer um novo piso sem que isso comprometa a capacidade dos
estados de arcar com esses novos encargos", completou.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Maria Clarice Dias
Edição – Maria Clarice Dias

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